domingo, 9 de janeiro de 2011

PERSONALIDADE CRIMINOSA

Por que algumas pessoas se tornam criminosas, enquanto outras não? Quando as mesmas tentações aparecem diante de todos., por que certas pessoas sucumbem enquanto o resto tenta continuar no caminho da virtude?
Por séculos, estas perguntas foram ignoradas porque a resposta parecia óbvia: os criminosos nasciam assim, incapazes de controlar seus instintos antissociais ou um espírito maligno os tinha possuído. Filósofos e médicos da Grécia Antiga discorriam profundamente sobre a questão das emoções, sua causa e o local do corpo humano onde se originavam, mas as teorias pouco se desenvolveram durante 2.000 anos até a chegada de Sigmund Freud e seus colegas. No século VI a.C. o médico alemão fez a primeira dissecção do corpo humano e decidiu que o centro da razão ficava no cérebro; enquanto que o amor e o ódio eram fontes principais das mudanças no comportamento humano.
Em 400 a.C. o famoso médico grego Hipócrites descreveu uma série de transtornos mentais similares àqueles reconhecidos hoje, e defendeu energicamente os direitos dos cidadãos com pertubações mentais. nessa época, as leis de Atenas reconheciam os direitos dos deficientes mentais em assuntos cíveis, mas deixavam de fazê-lo se fossem de crimes graves. A influência de Hipócrites provocou mudanças na lei: caso fosse possível comprovar que um indiciado sofria disso que ele chamava de "paranóia", o tribunal nomeava um tutor para representar essa pessoa no julgamento.
O famoso médico romano Galeno (a 130-201 d.C) teorizou que a "alma" humana localizava-se no cérebro e se dividia em duas partes: a externa, que incluía os cinco sentidos, e a interna, que era responsável pela imaginação, pelo raciocínio, pela percepção e pelo movimento. No entanto, durante os 1.500 anos que se seguiram, as teorias de Galeno foram praticamente ignoradas. Os médicos optaram por manter as explicações mais primitivas para explicar as causas da doença mental, como a bruxaria ou a possessão demoníaca, impostas pela igreja.

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